sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Carlos Alberto Sardenberg: A sinuca entre o preço da Gasolina e a Inflação


Texto de Carlos Alberto Sardenberg publicado em vários jornais pelo Brasil essa semana.

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Como conseguem?

É embaraçoso para o governo Dilma: como dizer que o automóvel particular a gasolina agora é o bandido, depois de ter passado anos dando-lhe tratamento de rei?

Não é modo de dizer. Os carros tiveram seus preços abatidos, via redução de impostos, e as montadoras locais foram apoiadas com proteção e financiamento subsidiado para aumentar a produção. Os compradores também foram brindados com enorme ampliação do crédito - nada menos que R$ 52 bilhões concedidos nos últimos dois anos.

De presente extra, a gasolina com o preço congelado e contido, para segurar a inflação e evitar a bronca dos motorizados.

Agradecidos, os brasileiros, especialmente os da nova classe média, foram à luta, quer dizer, aos bancos e concessionárias, e cumpriram sua obrigação de apoiar o crescimento do PIB. Saíram de carro por aí.

Infelizmente, a Petrobrás não conseguiu entrar na festa. Sua produção de petróleo estagnou, as refinarias não deram conta da demanda, as novas refinarias estão atrasadas, de modo que a estatal precisou importar cada vez mais gasolina. E a preços não brasileiros, claro.

Não é de estranhar que o resultado tenho saído muito errado. A inflação continuou elevada e  o crescimento permaneceu muito baixo. Sempre se pode dizer que tudo teria sido pior com a gasolina e os carros mais caros. Mas pior comparado com o que? De todo modo, o fato é que muitas outras coisas também deram errado. A Petrobrás, perdendo receita, sendo obrigada a vender gasolina mais barato do que importa, teve que se endividar. E  as ruas ficaram congestionadas, pois não se investiu na infraestrutura necessária para acolher os carros e abrir caminhos para o transporte coletivo.

Como consertar isso, considerando ainda mais que a Petrobrás precisa de dinheiro, muito dinheiro, para o pré-sal? E lembrando que o dólar caro veio para ficar?

Claro, precisa aumentar o preço da gasolina para turbinar as receitas da estatal. Quanto? Se for apenas para equilibrar o preço atual, pelo menos 20%. Se for para recuperar perdas passadas, uns 30%. 

Mas isso jogaria a inflação de novo para cima do teto da meta - 6,5% - e provocaria uma justa bronca na classe média. Qual é? Não era para comprar carro?

Que tal, então, um aumento moderado para a gasolina e para o diesel? Ruim também. Talvez pior. Provocaria inflação de qualquer jeito - pois o índice está rodando em torno do teto - não resolveria o caixa da Petrobrás e deixaria todo mundo aborrecido.

E para complicar, tem mais essa proposta do prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, de colocar um imposto de 50 centavos por litro de gasoloina e  usar todo o dinheiro para subsidiar e reduzir tarifas de ônibus. Para efeitos de índice de inflação, a redução da tarifa compensaria a alta da gasolina, mas vá explicar para o pessoal que está tudo bem com a gasolina a R$ 4,20.

Imaginem o impacto psicolólogico e social, pois a gasolina subiria em dose dupla, uma para a Petrobrás, outra para os ônibus. E como estes passam a ter prioridade, os brasileiros que micaram com os carros pagarão mais caro para ficar em congestionamento mais demorado.

Como o governo pode ter se equivocado tanto? 

Seria uma pergunta cabível se o resto estivesse funcionando. Mas considerem apenas o que tem saído na imprensa nps últimos dias.

As usinas de Jirau e Santo Antonio, em construção no rio Madeira, vão gerar uma carga de energia que não pode ser levada pela linha de transmissão projetada. Simplesmente queimaria tudo. A linha é insuficiente. Sabe-se disse desde 2010 - e ainda estão discutindo para descobrir de quem é a culpa.

Mas deve estar sobrando energia, não é mesmo? Usinas eólicas estão prontas e paradas há um ano, por falta de linhas de transmissão.

Há uma guerra judicial no setor elétrico, com o governo tentando empurrar para empresas a conta da energia produzida nas usinas térmicas. 

Há milho para ser estocado, uma superprodução,  e armazéns da Conab fechados por falta de manutenção ou porque estocam milho... velho. 

Na política econômica, o Brasil é o único país importante que está subindo juros. É também o único emergente de peso que não pode se aproveitar do momento internacional para deixar a moeda local se desvalorizar o tanto necessário para dar muito competitividade às exportações. 

Uma ironia: a "nova matriz" do governo, alardeada pela presidente Dilma, se baseava em juro baixo e dólar caro, para ter crescimento elevado. Pois no momento em que o dólar sobe sózinho, por conta dos EUA, o BC brasileiro tem que elevar os juros e tentar segurar o dólar para controlar a inflação. E lá se vai o PIB.

Uma ironia pedagógica, se é que conseguem aprender com tantos equívocos. 

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pulseira para o Garmin Edge 500


Tenho uma bike speed e durante o pedal uso um Garmin Edge 500 como "ciclocomputador", talvez seja um dos modelos mais populares entre a galera do pedal por ter vários recursos legais e por ter um bom custo benefício. Como também gosto de correr costumo leva-lo durante as corridas para registrar os dados do treino, porém é meio ruim usar ele no bolso ou carregar na mão. 

Procurei na internet se havia algum tipo de pulseira para poder usar o Edge 500 como um relógio de pulso e acabei encontrando numa loja do Ebay o "Garmin Forerunner 910XT Quick Release Kit with Strap". Apesar de não ser o kit específico do Edge 500 eles tem encaixes compatíveis.

Resolvi arriscar e ele acabou de chegar. Fiz um teste driver e funciona perfeitamente, a pulseira é confortável e o aparelho não pesa no braço. Esteticamente não fica lá muito bonito, por causa do tamanho, especialmente se você tem um braço mais fino, porém é muito mais prático do que carregar no bolso, além disso você vai poder conferir os dados do seu treino muito mais facilmente. 

Fica a dica! 

Embalagem do "Quick Release Kit".

Pulseira no Braço. Veja que o encaixe é igual a base que fica na bike.

Garmin Edge 500 devidamente encaixado no pulso.


Visão lateral.


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domingo, 28 de julho de 2013

The Game of Thrones: HBO pressiona Martin sobres os próximos livros


Na última semana os executivos da HBO pressionaram, de leve, o autor George R R Marin sobre o lançamento dos próximos livros da série. Originalmente "As crônicas de Gelo e Fogo" está prevista para terminar no sétimo livro. Como ainda faltam dois livros a mensagem do executivo da HBO foi curta e direta, "get busy writting" (fique ocupado escrevendo).

Atualmente a HBO começou as gravações da quarta temporada da série prevista para estréia no começo do ano que vem, nela veremos a segunda parte do terceiro livro, portanto a principio não haveria motivos para achar que a série alcançaria Martin e eles ficariam sem estorias pra contar ou tendo que enrolar. Mas se considerarmos que Martin já não é mais uma criança e tem levado quatro ou cincos anos entre um livro e outro, eles tem sim motivos pra estarem preocupados.

Outra questão que deve estar deixando o pessoal da HBO com os cabelos em pé é como eles vão adaptar os livros 4 e 5. Os dois volumes são cronologicamente simultâneos mas separados geograficamente. Não acho que seja um formato adequado pra série pois ficaríamos muito tempo sem ver determinados personagens, e na temporada seguinte seriam necessários vários flash backs pra conectar as duas temporadas. Tomara que eles resolvam esse quebra cabeças.

A previsão de lançamento para o sexto livro é 2014, mas Martin já adiou lançamentos antes. Tomara que a pressão da HBO ajude!



sábado, 13 de julho de 2013

200 Países e 200 Anos em 4 Minutos


Assisti à esse vídeo recentemente em um treinamento e achei válido compartilhar. Algumas coisas que podemos tirar desses dados:

1 - A ideia de que o pobre cada vez fica mais pobre e o rico cada vez mais rico é relativa. Apesar de ao longo dos últimos 200 anos a diferença entre o mais rico e o mais pobre tenha aumentado consideravelmente, a nação mais pobre de hoje é mais evoluída do que as mais ricas de 200 anos atrás. Ou seja, todos estão melhorando sim, mas em velocidades completamente diferentes.

2 - A África precisa de investimentos externos, sozinha não vai alcançar as outras nem nos próximos 200 anos. Questões sociais, guerras civis, epidemias e a má exploração dos recursos naturais seguram o continente no fim da fila.

3 - Como uma guerra é prejudicial para uma nação. Mesmo pra quem ganha.

4 - Como a corrupção no Brasil atrasa o nosso crescimento. Poderíamos estar bem melhor nesse gráfico.

Hans Rosling (nascido em 27 de julho de 1948) é um médico sueco, estatístico e palestrante. Ele é professor no Internacional Karolinska Institute, co-fundador e presidente da Fundação Gapminder

Procure por ele na internet e você vai encontrar várias palestras interessantes, com estatísticas sobre vários temas diferentes. Sempre com uma abordagem simples, visual e didática. Fica a dica para os professores de História e Geografia e curiosos de plantão.

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sábado, 4 de maio de 2013

Titãs: Primeiro show sem Nando Reis em Vitória

Registro histórico direto das paredes do estúdio da Dr Gori!

Primeiro show dos Titãs em Vitória sem Nando Reis no dia 20 de setembro de 2002, uma semana depois dele ter anunciado a saída da banda. Na entrevista abaixo Branco Mello fala sobre o show e sobre o impacto da saída de Nando.

clique na imagem para ampliar.


Os fãs mais novos que esperavam uma apresentação "acústica" viram os Titãs com a pegada dos anos 80, tocando "Porrada", "Polícia", "Bichos Escrotos" entre outros clássicos.

Show antológico! Quem aí também foi?


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segunda-feira, 8 de abril de 2013

30000 Acessos!

Alguns dados:

- 30 mil acessos em 29 messes;
- 49 países diferentes;
- 69 posts;


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- As 10 postagens mais lidas até agora;


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Mesmo diminuindo o ritmo de postagens os acessos tem aumentado.

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sexta-feira, 22 de março de 2013

O burro com iniciativa

Outro dia lembrei de um texto que li alguns anos atrás sobre o perfil dos profissionais em grandes empresas. Não me lembro ao certo  do autor mas o conceito serve bem pra definir alguns profissionais que a gente encontra ao longo da vida, e principalmente serve pra nossa reflexão pessoal. 

Procurei na internet um texto ou um vídeo sobre o tema, mas não encontrei o original. Acabei achando alguns parecidos, mas de fonte duvidosa, que atribuem a autoria à Napoleão Bonaparte. Mesmo achando difícil que Napoleão tenha criado essas definições a ideia se aplica bem ao mundo de hoje. Vale a pena dar uma olhada.

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Todos sabem  como Napoleão Bonaparte  administrava bem as suas batalhas e conquistas. O interessante era a forma com que ele classificava os seus soldados, o que nos traz uma lição atualizada sobre a realidade nas organizações de hoje, identificando os potenciais dos seus colaboradores.

Napoleão classificava seus soldados em 4 tipos:

O INTELIGENTE COM INICIATIVA: o soldado inteligente com iniciativa era aquele que ele colocava no comando geral, os seus generais, pois tinham inteligência e virtudes que eram necessárias para um líder. Esse soldado era inteligente, aceitava mudanças, era carismático, liderava com ponderação, era positivo, planejava, organizava e controlava seus resultados com maestria, trabalhava de forma pró-ativa, enxergando na frente dificuldades que poderiam existir e pensando nas soluções das mesmas, com menor custo e melhor resultado, nunca entrava num campo de batalha para perder, e sempre tinha o positivismo como seu aliado, travava as batalhas como se elas pertencessem a ele próprio, absorvendo ao máximo os valores imputados pela sua organização.

O INTELIGENTE SEM INICIATIVA: o soldado inteligente sem iniciativa era aquele que ele colocava no comando de pequenas unidades, seus tenentes, sargentos, cabos, etc., pois precisavam ser comandados, afinal não tinham iniciativa, mas assimilavam bem as ordens e as cumpriam perfeitamente, tinham que ser orientados e cobrados com constância, e tinham as características necessárias, similares a dos generais para comandar seus grupos.

Eram soldados excelentes, mas não tinham luz própria, precisavam da luz dos outros para sobreviverem.

O BURRO SEM INICIATIVA: o soldado burro sem iniciativa era aquele que Napoleão colocava na infantaria, na frente de batalha, para enfrentar o inimigo e dar sua vida, se necessário. Era um bom soldado, pois absorvia o que era ordenado, porém tinha que ser mandado o tempo todo, tinha medo de tomar a iniciativa e de se arriscar perante o grupo, era neutro, nulo, não questionava nem debatia sobre qualquer assunto, aceitava mudanças por ser a nova ordem e simplesmente por isso, tinha os valores que lhe colocavam e dançava conforme a música e pronto. Esse soldado cumpria sua função, mas só servia para isso.

O BURRO COM INICIATIVA: esse era o soldado que Napoleão quando identificava o eliminava, pois não existe nada mais perigoso do que um BURRO COM INICIATIVA em uma organização!!!!!

Esse soldado faz tudo pelo que ele acha que é certo (e achar custa caro), somente aplica os valores que ele acha que é certo, não aceita mudanças, apenas as que ele acha que é bom para ele (e não para sua organização), é acomodado e geralmente do contra, porque acha que só ele sabe o que é bom.

Realmente o burro com iniciativa é muito perigoso, é dissimulado, não respeita sua equipe (ele enxerga somente o seu umbigo), não aceita novas formas de processo, pois ele acha que sempre fez assim e não deve mudar (afinal é mais cômodo!)


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Burro com iniciativa


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O ciclo do futebol

O campeonato capixaba de futebol começou esta semana, e pelos jogos da primeira rodada será um dos melhores dos últimos tempos. O que vimos até agora foram times se preparando melhor para o torneio, fazendo pré-temporada, estruturando-se fora e dentro de campo.

O futebol é um negócio lucrativo em todos os cantos do mundo, porque não seria aqui no Espirito Santo? O povo capixaba, como todo bom brasileiro é amante do futebol. Só precisamos que o ciclo comece. Que alguma das partes envolvidas coloque essa engrenagem pra funcionar.

Clique na imagem para ampliar.

Muitos vão dizer, "faltou a federação!". Concordo que a nossa federação tem sérios problemas e está a muito tempo nas mãos de um mesmo grupo, que só quer usá-la pra fins políticos. Mas se o ciclo acima funcionar, mesmo com uma federação não atuante o nosso futebol decola, disso eu tenho certeza.

Vale ressaltar aqui a bela iniciativa do atual governo do estado que entrou de verdade nessa briga pelo nosso futebol e está investindo no campeonato através do Banestes. Quem sabe esse não é o empurrão que nós precisávamos? 

O certo é que meu lugar é no estádio torcendo pelo meu time do coração. Porque quem nunca sentou numa arquibancada, não sabe o que é futebol!

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